segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mitologia dos Signos

Áries



No reino da Beócia, o Rei Atamante, casado com Néfele, teve dois filhos: Frixo e Hele. Atamante se apaixona por outra mulher, Ino, e renega a rainha, provocando a desgraça da Beócia, fazendo sua terra ficar infértil. Ino sugere a Atamante que sacrifique seus filhos a Zeus para que a terra frutifique. Néfele, para salvar seus filhos, pede ajuda a Netuno (Poseidon) que lhe entrega um carneiro voador com o pelo de ouro (velocino), fruto da união de Netuno e Teófana. O carneiro, chamado Crisómalo, leva em fuga Frixo e Hele para o reino da Cólquida, no fim do mundo, fugindo da Ira de Ino e Atamante. Chegando à Cólquida, Frixo oferece o carneiro em sacrifício a Zeus e oferece o velocino de ouro ao rei Eétes da Cólquida. Interessado em ter em seu poder o velocino, que trazia fartura à terra, Eétes oferece sua filha em troca do velocino. Desta união nasce Argos, filho de Frixo, que é morto para que o velocino ficasse definitivamente na Cólquida. Argos é lançado ao mar para morrer, mas é recolhido pelos deuses do Olimpo.
Num outro reino, chamado de Iolco, Esão acabara de assumir o trono e se casa com Polímede, tendo um filho chamado Jasão. Pélias, meio irmão de Esão, usurpa o trono e mata Esão e Polímede, lançando ao mar a criança herdeira do trono. Jasão, ainda bebê, é recolhido pelos deuses e levado ao Olimpo, onde é educado pelo centauro Quíron junto a outros heróis. Matando os reis de Iolco, Pélias provoca a ira dos deuses e a terra se torna infértil. Aos 21 anos, Jasão é incumbido de recuperar seu trono em Iolco. Indo ao reino da Cólquida, desafia seu tio, Rei Pélias, a entregar-lhe o trono. Pélias concorda em entregar o trono em troca do velocino de ouro que se encontrava no fim do mundo. Jasão aceita esta tarefa impossível e convoca seu amigo Argos para construir uma nau e chama outros heróis para ajudá-lo nesta busca. São convocados, dentre outros, Hércules, Aquiles, Castor e Pólux. Em homenagem ao seu construtor, Jasão batiza a nau de ARGOS, e os tripulantes de tornam os ARGONAUTAS, seguindo viagem protegidos pela deusa Hera e Atena.
Chegando a Cólquida, Jasão pede a Eétes que lhe entregue o velocino de ouro. Eétes diz que o velocino de ouro se encontra no fundo de uma caverna, protegido por dragões. Auxiliado por Medéia, filha traidora de Eétes e hábil feiticeira, Jasão e os Argonautas roubam o velocino. Medéia, apaixonada por Jasão o auxilia na fuga, levando seu irmão, o príncipe herdeiro do trono, Absirto, como refém. Em fuga pelo mar, perseguidos pela esquadra de Eétes, Medéia, para salvar os Argonautas e Jasão, esquarteja de irmão lançando seus pedaços, ao mar. Enquanto Eétes recolhe os pedaços de seu filho, a nau Argos foge e não é mais alcançada. Durante a longa viagem de volta, Jasão tem 2 filhos com Medéia. Em Iolco, Pélias, mesmo com o velocino de ouro trazido por Jasão, se nega a entregar o trono. Jasão desiste de ter o trono. Medéia trata então de matar Pélias, fazendo ser entronado Jasão por direito. Jasão, já entronado, apaixona-se por outra mulher e renega Medéia. Cheia de ódio, ela envenena a amante de Jasão e trucida os filhos, fugindo para a Cólquida para enfrentar seu pai. Jasão é deposto pelo povo, que vê em Jasão uma pessoa indigna de ocupar o trono. As filhas de Pélias, orientadas por Medéia, ressuscitam seu pai que assume definitivamente o trono de Iolco.



Touro



Numa praia deserta na Grécia estava uma mulher chamada Europa se banhando, quando do céu Zeus (Júpiter) a vê e se apaixona. Com a firme intenção de deitar-se com ela, percebe que Europa adorava animais grandes. Zeus se transforma então num touro branco com cornos e cascos de prata para atrair para si aquela mulher. Ao se aproximar, encantada pelo touro branco, Europa monta em Zeus, que rapidamente entra no mar e foge para a ilha de Creta. Lá, voltando à sua forma original, Zeus fecunda a mulher, que dá a luz a um menino chamado Minos. Zeus dá a ilha a Minos e a torna fértil e rica, repleta de touros brancos em homenagem à forma como ele tinha sido concebido.
Minos, ao crescer tornou-se o Rei de Creta, esposando Pasifae. Querendo ser mais rico do que já era, Minos faz um pacto com Netuno (Poseidon) para que ele tivesse sua riqueza triplicada e se assim acontecesse, entregaria a Netuno seu melhor touro em pagamento. Naquela mesma noite, tem suas riquezas quadruplicadas por Netuno. Na manhã seguinte, Minos, vendo que seu reino era mais fértil e rico do que jamais tinha sido, percebe ter chegado à hora de pagar sua dívida. Não querendo desfazer-se de nada, resolve entregar a Netuno um touro de segunda categoria em forma de pagamento. Netuno, percebendo ter sido enganado, resolve vingar-se do Rei de Creta. Chama Vênus (Afrodite) para ajudá-lo na vingança. À noite, Vênus entra no coração da rainha Pasifae, mulher de Minos, e implanta um amor alucinante pelo touro que teria que ser entregue a ele. A rainha, incapaz de conter seu desejo, pede ajuda a Dédalo, arquiteto do palácio, pedindo a ele que construísse uma vaca de madeira para que pudesse se aproximar do touro e deitar com ele. Percebendo ser isto um segredo de estado, Dédalo chantageia Pasifae, exigindo ouro e comida.
Dessa união de Pasifae com o touro branco nasce o monstro Minotauro, homem com cabeça de touro terrível, necessitando de carne humana para saciar sua fome. Sendo o Minotauro a vergonha do Rei Minos, pede a Dédalo que construa um labirinto, de onde se pudesse entrar, mas não se pudesse sair, encarcerando a criatura. Dédalo, também chantageando Minos, exige ouro e comida. Minos invade Atenas e subjuga seu povo fazendo-os escravos. Semanalmente levava 7 rapazes e 7 moças virgens para aplacar a fome do Minotauro.
Teseu, filho do Rei de Atenas, junta-se a um grupo de jovens que seriam sacrificados, com o intuito de matar o Minotauro. Em Creta encontra Ariadne, filha do rei Minos, que se apaixona por ele e o ajuda a entrar no labirinto entregando-lhe um novelo de lã para entrar no labirinto e voltar após cumprir sua missão. Teseu mata o Minotauro e volta para sua casa, abandonando Ariadne. Minos, furioso, prende Dédalo dentro do labirinto criado por ele mesmo, que se vendeu pelo desejo e pela cobiça, encarcerando-o em sua própria criação. A parte animal do Minotauro é colocada no céu, enquanto sua parte humana apodrece na Terra.



Gêmeos



No dia do casamento de Tíndaro, Rei de Esparta, Leda, sua noiva, foi banhar-se num lago construído especialmente para ela, atrás do palácio real. Zeus, como sempre, sobrevoava aquela região, e ao olhar para baixo, viu Leda, exuberante e totalmente nua num lago cheio de cisnes. Apaixonando-se imediatamente, Zeus resolve transformar-se num cisne branco para se aproximar e deitar com Leda. Atraindo Leda em sua direção eles se amam, ainda com Zeus em forma de cisne. Naquela mesma noite ela deita com Tíndaro. Dessa dupla união nascem de Leda dois ovos. Num deles estavam Castor e Helena, a parte mortal, filhos de Tíndaro. No outro ovo estavam Pólux e Clitemnestra, filhos de Zeus e imortais. Castor era mortal, filho de homens, e Pólux imortal, filho de deuses, mas apesar disto viveram unidos em profunda amizade. Os deuses os chamaram de dióscuros, filhos dos deuses, e foi designado Mercúrio (Hermes) para dar-lhes o ensinamento sobre as artes e as lutas, plantando-lhes a semente da inteligência, da astúcia e da curiosidade.
Desde pequenos eram queridos pelas pessoas, pela sua simpatia e alegria. Zeus, que já havia tido muitos filhos, os considerava seus filhos mais amados, por terem nascido do fruto de um amor verdadeiro e serem os únicos que o tratavam como um pai, sempre o respeitando e demonstrando carinho. Foram designados a Quíron, no Olimpo, que os ensinou e orientou por muito tempo. Tiveram contato com outros heróis e foram convocados a fazer parte da tripulação da nau Argos, que, comandada por Jasão, iria em busca do Velocino de Ouro que se encontrava no reino da Cólquida. Nas inúmeras batalhas da expedição, distinguiram-se pela coragem e astúcia, um defendendo o outro e o outro defendendo o um, e os dois defendendo todos. Castor, o mortal, dominava os animais e as armas e Pólux, imortal, era invencível e astuto. Ambos eram extremamente leais entre si e com os outros argonautas.
Durante toda a viagem eles se encarregavam de defender a nau e seus companheiros, mas à noite, quando todos estavam cansados e desanimados, Castor e Pólux faziam pantomimas e divertiam a tripulação, que os tinha como grandes guerreiros, mas também amigos e companheiros valorosos. Terminada a aventura dos Argonautas, os gêmeos voltaram à sua terra onde seriam conhecidos por defenderem os fracos e os jovens. Numa região próxima morava Léucipo, irmão de Tíndaro, que tinha duas filas belíssimas, Febe e Ilaira. Quando as conheceram os gêmeos se apaixonaram imensamente, mas como eram noivas resolveram raptá-las. Dias depois, os noivos enraivecidos, e em perseguição aos gêmeos, os alcança num campo de guerra. Desafiados pelos noivos, inicia-se uma batalha que duraria dias.
Sempre estavam lutando juntos, Castor e Pólux, um defendendo o outro e o outro defendendo um. Castor era humano e mortal, sendo mais firme e ligado à terra. Pólux era um deus e imortal, mais ligado aos céus e à mente. Por um átimo de segundo, Pólux se distrai. O suficiente para seu irmão ser traspassado por uma lança que o atinge do pulmão até a garganta, caindo esvaindo-se em sangue. Neste instante, ouvindo o grito de dor de seu irmão, e cheio de ira, ele mata todos ao seu redor e vai em direção de seu irmão que morria. Pegando-o em seus braços arranca a lança do peito de seu irmão que começa a Ter uma imensa hemorragia. Desesperado ele lança u grito de dor que é ouvido no Olimpo. Zeus, reconhecendo o grito de um de seus filhos favoritos corre em direção ao campo de luta e vê uma cena dantesca. Seus filhos mais adorados em desespero.
Pólux implora que Zeus interceda neste instante, impedindo Castor de morrer ou que também lhe tirasse a vida, pois “não poderia viver sem ele mesmo”. Como Zeus não podia interferir nas questões de vida e morte e nem retirar a imortalidade de seu filho, Pólux pede a seu pai que transfira a imortalidade dele para seu irmão para que ele pudesse viver. Sem saber o que fazer, pois essa transferência mataria Pólux, que não seria mais imortal, é forçado por Pólux a realizar imediatamente a transferência. Assim que Castor recebe a luz da imortalidade, Pólux começa a morrer do mesmo ferimento de seu irmão. Castor pede o mesmo a Zeus, e imediatamente é reiniciada a transferência. Inconformados com a situação, resolve-se que eles trocariam vida e morte diuturnamente . Enquanto um estava na terra outro estaria no céu e quando trocassem de posição poderiam se encontrar. Insatisfeitos resolvem realizar estas trocas com cada vez mais freqüência, tornando-se os dois imortais, ficando juntos para sempre.



Câncer




Um dia Zeus (Júpiter) apaixonou-se pela deusa Thétis. Pouco antes de se unir a ela, é avisado telepaticamente por Prometeu, que estava acorrentado de ponta cabeça no pico do Monte Cáucaso, de que se consumasse a união, nasceria um deus que seria o maior de todos os deuses do Olimpo, tomando seu lugar, assim como ele já havia tomado o lugar de seu pai Cronos (Saturno) e esse tomado o lugar de seu avô, o Céu (Urano). Sendo avisado dessa profecia, foge de Thétis. Para garantir seu reinado pede a Afrodite (Vênus) que impeça qualquer deus de se aproximar dela, e implantasse em seu coração um amor imenso pelo mortal Peleu. Dessa união nasce Aquiles, uma criança normal e mortal, garantindo o futuro do reinado de Zeus. Avisada por Mercúrio (Hermes) sobre essa trama armada por Zeus, Thétis tenta compensar o infortúnio de seu filho mergulhando-o nas águas do Rio Éstige, que tinham o poder de deixar os homens invencíveis, desde de que não retornassem e atravessassem suas corredeiras. Thétis, temendo pela vida de seu filho não o joga, mas o mergulha de cabeça, permanecendo com os calcanhares para fora.
Desistindo de sua intenção, volta para casa e percebe que seu filho, por ter ficado mergulhado muito tempo nas águas, tinha se tornado invencível em todo seu corpo, mas como os calcanhares de Aquiles ficaram fora d’água, se tornaram seus pontos fracos. Faz botas e treina Aquiles para sempre proteger seus pés, nunca lhe contando o motiva de tanta precaução. A pedido de Zeus, Aquiles é enviado ao Olimpo para ser educado por Quíron, o centauro, aprendendo todas as artes e integrando-se aos heróis que já estavam com Quíron. Junto com Jasão e outros Argonautas, vai em busca do Velocino de Ouro, quando em uma das batalhas percebe a sensibilidade de seus calcanhares, numa luta com um soldado. Retornando à Cólquida força sua mãe a contar-lhe o porque de tanto cuidado com seus calcanhares.
Percebendo não ser dono de seu destino, foge de casa de casa, mas Thétis, chantageando-o emocionalmente, impede Aquiles de ir embora. Zeus, compadecido, oferece-lhe um presente. Teria que escolher entre ser um herói, reconhecido por toda a eternidade, mas morrer cedo, ou ter uma vida longa, sem glórias e morrer no anonimato. Jovem que era, Aquiles escolhe morrer cedo. Sua mãe, ao saber da escolha, intercede a Zeus para que reverta a escolha de Aquiles. Ao saber que sua mãe, mais uma vez, interfere em seu destino, resolve fugir, e mais uma vez Thétis o impede de fugir, alegando ser ele frágil e que tinha se dedicado por toda a vida a ele. Já desesperançado, Aquiles passa a viver na solidão, até que um dia conhece uma jovem, resolvendo fugir para desposá-la.
Na Batalha de Tróia é atingido por Páris, príncipe troiano, que conhecia sua fragilidade, desferindo um golpe fatal em seu calcanhar. Aquiles tomba mortalmente.
Aquiles é então enterrado, mas mesmo assim sua imagem chega a nós até hoje como um dos grandes heróis da antiguidade.



Leão



Na cidade de Neméia vivia no fundo de uma caverna um leão terrível, concebido por Selene, uma temida feiticeira, que querendo vingar-se dos habitantes da cidade que a haviam expulsado, faz surgir esta criatura. Cobrindo a pele do leão com uma poção mágica, ela se torna indestrutível, sendo incapaz de ser transpassada por qualquer arma criada pelos homens. Quando saía da caverna devorava os habitantes de Neméia, do mais humilde ao mais poderoso. Assim padecia a cidade com a fúria de Selena. No Olimpo, vários heróis eram instruídos pelo centauro Quíron, e dentre eles se destacava Hércules, filho de Zeus com uma mulher da Terra. Percebendo sua bravura, lealdade e dignidade, apesar de seu orgulho, Zeus resolve iniciar Hércules nos mistérios do Olimpo, entregando-lhe 12 Tarefas para que trilhasse o caminho iniciático.
No saguão de seu palácio, Zeus escreve com letras de fogo em uma folha de ouro, as 12 Tarefas. O primeiro trabalho iniciático seria salvar os homens da Terra matando o Leão de Neméia. Indo em direção a Neméia, Hércules, acompanhado pelo seu Mestre Quíron, tenta entender o motivo desta tarefa tão simples. Ao encontrar a caverna Hércules separa algumas armas e entra decidido a matar a criatura. Ao se aproximar do fundo da caverna, escura, úmida e quente, ele percebe que o leão vem lentamente em sua direção. Enorme que era, mais alto que Hércules, fixa o olhar em Hércules, permanecendo assim por alguns momentos, a poucos metros. Seus olhos eram brilhantes e enigmáticos. Hércules é surpreendido pelo ataque do leão e trava uma batalha terrível.
Nada conseguindo foge para fora, assustado e inconformado por não ter matado um simples leão. Junta mais armas e novamente entra para enfrentar definitivamente a criatura. Lentamente ela se aproxima e fixa seus olhos brilhantes em Hércules, ficando a poucos metros de seu rosto. Mais uma vez ele é surpreendido pelo ataque feroz do monstro, fugindo logo após ser ferido pelas garras e dentes do leão. Fora da caverna, reflete sobre a tarefa e vê suas armas todas quebradas a amassadas. Decidido a terminar aquela tarefa, percebe que não conseguiria matar o leão com armas. Talvez fosse essa a tarefa : usar sua razão e sua força. Resolve então tirar suas roupas e entrar mais uma vez na caverna, nu e sem armas.
Aproximando-se do fundo vê o leão se aproximando e espera. Chegando mais perto, o monstro fixa o olhar em Hércules, arregalando os olhos. Surpreso, Hércules vê que o brilho nos olhos do leão era um espelho, que refletia sua imagem. Ferozmente o leão avança contra Hércules. Depois de uma longa luta, Hércules agarra a garganta do leão e puxa com força, quebrando seu pescoço. O leão cai morto. Levando seu corpo para fora da caverna ele vê o tamanho do animal e resolve olhar mais uma vez em seus olhos. Não havia nada lá dentro. Ele havia conseguido vencer a si mesmo e ao seu orgulho. Arranca o pelo do animal e faz uma túnica.Com o crânio do leão faz um capacete, que usaria em todas as outras tarefas.




Virgem



Deméter (Ceres), deusa dos campos dourados, que trabalhava incessantemente junto aos homens, ensinando-lhes o plantio e a colheita de trigo, tinha uma filha chamada Perséfone (Proserpína), uma jovem virgem adolescente com os cabelos dourados como os raios de Sol. Sua mãe, Deméter, a incumbia de colher ramos de trigo em um campo separado dos outros, preservando-a do contato com os homens. No mundo subterrâneo habitava um deus chamado Hades (Plutão), senhor dos infernos e do mundo dos mortos. Em uma de suas passagens pela superfície, Hades avista Perséfone nos campos de trigo e se apaixona imensamente por ela. Indo em sua direção, agarra-a pelos cabelos e a coloca em sua carruagem negra puxada por cavalos negros que soltavam chamas verdes das ventas. A terra se abre num terremoto e Hades rapta Perséfone, levando-a ao seu reino nas profundezas.
Lá, amarrando-a em sua cama, a estupra dezenas de vezes. Na superfície, ao fim de mais um dia de trabalho, Deméter percebe o desaparecimento de sua filha e, desesperada gritava seu nome pelos campos. Depois de nove dias e nove noites, desiludida e cheia de dor, Deméter torna-se estéril e a vegetação sob seu domínio responde da mesma maneira, tornando a terra infértil e árida, trazendo a fome e a desolação aos homens. No Olimpo, Zeus (Júpiter), irmão de Hades, que tinha assistido a tudo, resolve intervir, chamando Hermes (Mercúrio) para ir até as profundezas para convencer Hades a libertar Perséfone. Somente ele tinha condições de entrar nos infernos por possuir a palavra sagrada impronunciável que abria os portais do mundo dos mortos. Sendo o deus da palavra ele havia um dia conseguido escutar esta senha e a repetir, tendo livre acesso ao reino de Hades. Indo até lá e encontrando Hades, surpreende-se. Ao tentar convencê-lo a libertar Perséfone, Hades diz que ele poderia levá-la a qualquer instante.
Sua surpresa maior foi pelo fato de que Perséfone se recusava a voltar à superfície. Após ter conhecido o prazer e ter se sentido fértil, conhecendo os frutos da romãzeira dados por seu esposo Hades, que a deixara uma mulher exuberante e madura, negava-se a sair de lá, local onde tinha se transformado e tido contato com o outro lado da vida e se apaixonado por seu amo e senhor. Hermes leva a questão a Zeus, que percebendo não poder interferir nas questões do amor entre ela e seu irmão, profere uma sábia sentença : Perséfone não se separaria de Hades, que tanto amava, mas não poderia deixar sua mãe que, triste, não permitia a terra produzir alimento aos homens. Decide então que ela passaria nove meses na superfície, junto a sua mãe Deméter, período de florescência, maturação e colheita. No período invernal, nos três meses seguintes, enquanto a terra dormia, passaria em companhia de seu esposo Hades. Perséfone deveria realizar este serviço imposto, tomando consciência de que serviria ao esposo, dando-lhe prazer e recebendo amor, mas que também serviria à terra, à mãe e à natureza.



Libra



Páris, príncipe troiano, nasceu com o dom da diplomacia e da elegância. Educado com todo o cuidado, dedicou-se às artes, ao direito e aos cerimoniais. Conhecido como um homem justo e imparcial, Páris era admirado pelos súditos e pelos deuses, que reconheciam nele um homem de bem. Naquele tempo, no Olimpo, ocorria uma disputa acirrada entre as deusas Afrodite (Vênus), Palas Atena (Minerva) e Hera (Juno), mulher de Zeus (Júpiter). Cada uma delas se dizia a mais bela do Olimpo, o que dividia os deuses, dando início a uma guerra terrível. Zeus então decide que haveria um torneio entre as deusas para resolver esta questão. Para não haver favorecimentos, Zeus designa Páris para ser o juiz dessa contenda. Hermes (Mercúrio) é enviado à Terra para informar Páris ele deveria ir imediatamente ao Olimpo e dar fim à guerra, escolhendo ele a mais bela deusa.
Temendo ofender as deusas e mais ainda, temendo ser perseguido por elas, que apesar de serem deusas, eram terríveis e vingativas, recusa o convite. Zeus, irado, força Páris a aceitar e escolher entre as deusas a que receberia o título de a mais bela do Olimpo. Realizado o torneio, onde elas mostraram suas habilidades, dons e beleza, Páris é recolhido a uma cela, de onde sairia somente com a resposta final. Nos dias em que ficou enclausurado, Páris recebe a visita de cada uma das deusas que tentavam suborná-lo. Hera oferece-lhe o império do Mundo e todas as suas riquezas. Atena faria dele um guerreiro valente e invencível. Afrodite oferece-lhe sua cooperação e proteção e garante-lhe o amor da mulher que ele quisesse na Terra.
Temendo as conseqüências, Páris tenta postergar a decisão o mais que podia, provocando mais uma vez a ira de Zeus, que o força a decidir imediatamente, diante de todos os deuses que, ansiosos, esperavam o resultado. Acuado, viu que não teria outra alternativa a não ser escolher uma das deusas. Refletindo sobre tudo o que havia sido oferecido a ele, Páris percebe que se escolhesse Hera, de nada lhe adiantaria a riqueza da Terra se tivesse as outras duas deusas como inimigas. Se escolhesse Atena, seria um guerreiro invencível, que lutaria eternamente contra as outras deusas. Aceita então a proteção de Afrodite e escolhe para si a mulher que ele desejava na Terra. Afrodite o protege da ira das outras deusas e traz a ele Helena, a mulher que ele amava, dando início à Guerra de Tróia, tendo como inimigos os gregos, Hera e Atena que se uniram a eles para guerrear contra os troianos.



Escorpião



Numa cidade na Grécia vivia Hireu, um camponês que habitava uma simples casa de barro. Hireu, assim como seus pais, era imigrante e há tempos atrás haviam chegado à região. Seus pais adquirem um sítio e um touro, para que pudessem arar a terra, plantar e vender alimentos. Num terrível terremoto seus pais morrem e Hireu, ainda jovem assume a terra. Tempos depois ele se casa, apaixonado que estava por uma jovem. Pensava assim constituir família e fazer valer o nome de sua família. Pouco tempo após o casamento um novo terremoto leva sua jovem esposa. Cheio de amargor pela vida, promete nunca mais se unir a nenhuma outra pessoa, enterrando sua mulher amada no fundo do terreno.
Zeus (Júpiter) acompanhado de Poseidon (Netuno) e Hermes (Mercúrio), estavam na Terra e precisavam pernoitar em algum lugar. Zeus ordena a Hermes que procurasse um lugar onde pudessem pousar por uma noite. Hermes encontra a casa de Hireu e comunica aos deuses ter encontrado um lugar ideal. Indo até lá, pedem a Hireu que os acolhesse. Espantado, concorda, temendo negar e enfurecê-los. Para homenagear os deuses, Hireu oferece seu touro em sacrifício. Sensibilizados os deuses permitem-lhe um desejo. Desejando ter um filho para dar continuidade ao seu nome, ele pede um filho. Zeus, Poseidon e Hermes implantam uma gota de sêmen de cada um no couro do touro morto, e fazem Hireu enterrá-lo. Zeus o orienta que esperasse nove meses e seu desejo seria concedido. Após este período, surge, de um terremoto, na cova onde estavam os restos do touro, Órion, o gigante caçador.
Concebido sem mãe e nascido dos restos de um animal, sua alma permanece primitiva, mas com força, velocidade e sentidos aguçados, mas sem sentimentos morais. Estranho que era não tinha amigos, a não ser um certo Enopião, fabricante de vinhos. Certo dia, Órion, animalescamente, estupra a mulher de Enopião, Mérope. Em vingança, Enopião embriaga Órion e vaza seus olhos, tão necessários à sua função de caçador. Passa a errar sem destino, até que encontra Hefestos (Vulcano), que consultando um oráculo, o aconselha a expor seus olhos ao deus Hélios (o Sol) para receber de volta a luz em seus olhos. Pela manhã o deus Hélios aparece no horizonte, que entrega um feixe de raios solares à deusa Aurora que inicia a distribuição sobre a vegetação ainda molhada pelo orvalho. Os raios solares entram nos olhos de Órion e ele recupera a visão.
Com os olhos ardentes de fogo, vê à sua frente a deusa Aurora, que se apaixona e deita com ele. Órion deduz serem as mulheres fáceis e inferiores. Resolve voltar e se vingar de Enopião, mas no caminho encontra Artemis (Diana, a caçadora) e tenta seduzi-la e penetrar em seus mistérios. Na luta contra o desejo de Órion, Artemis bate uma clava no chão lodoso, surgindo das profundezas um animal terrível e venenoso, um escorpião, que persegue Órion. Alcançando-o, desfere uma ferroada em seu coração e o mata. Essa cena é imortalizada no céu na constelação de Órion, tendo ao seu lado o temido escorpião.



Sagitário



Tessália. Região montanhosa da Grécia, onde andavam os cavaleiros e seus cavalos para proteger os rebanhos. Ixião, criador de cavalos, apaixona-se platonicamente por Juno (Hera) mulher de Zeus (Júpiter). Sabendo dessa paixão, e sentindo-se traído por essa paixão oculta, Zeus faz uma nuvem na forma de sua mulher. Ixião, enganado, une-se à nuvem, e num sonho fantástico, nasce um centauro, criatura metade homem, metade cavalo. Esse centauro une-se a uma égua e dá origem a vários outros centauros. Todos eles eram violentos, agressivos e cruéis, mas também alegres e impulsivos.
Nessa mesma região havia ninfas, doces criaturas femininas, dentre as quais havia Filira, filha de Oceano. Saturno (Cronos) apaixona-se por ela e para fugir da vigilância de sua mulher Cibele (Réia) transforma-se num cavalo para se aproximar dela. Enquanto se amavam. Dessa união nasce um centauro chamado Quíron. Ao ver a monstruosidade a que dera a luz, Filira recusa este seu filho e os deuses, castigando-a, a transformam num limoeiro, para que não tivesse memória nem consciência, amargando para sempre na Terra. Recolhido pelos deuses, Quíron é levado ao Olimpo, onde viveu entre eles por muito tempo.
Ao crescer, desejando entender o universo, começa a ler todos os livros existentes nas bibliotecas do Olimpo, adquirindo um conhecimento imenso de todas as artes. Já adulto, é entregue a ele a educação dos filhos dos deuses e outros mortais para que fossem por ele educados. Em recompensa, Zeus lhe dá a imortalidade, tornando-o também um deus. Entre seus pupilos estavam Jasão e todos os argonautas, Teseu, Castor e Pólux, Peleu, Enéias, Ulisses, Telêmaco e outros heróis e deuses. Hércules havia sido encarregado de cumprir 12 tarefas que o levaria a ser iniciado nos mistérios do Olimpo, e dentre elas estava a tarefa de matar a Hydra de Lerna, um animal terrível com sangue venenoso e mortal. Lerna era perto da região da Tessália, e Quíron acompanha Hércules nessa tarefa.
Aguardando Hércules, que iria matar a Hydra com flechas, Quíron é abordado por centauros que o desafiam para uma luta. Ao regressar, Hércules, vendo ao longe a batalha injusta de Quíron com dezenas de centauros, desfere uma flechada para atingir o chefe deles, mas ao perceber a intenção, o centauro chefe se afasta, indo a flecha atingir a coxa de Quíron. Sendo imortal, o veneno não tiraria sua vida, mas a produziu uma ferida doloridíssima e incurável. Durante anos tentou suportar a dor, mas rendendo-se a ela implora aos deuses que lhe tirassem a imortalidade para que pudesse parar de sentir dor tão lancinante. Os deuses, compadecidos, atendem seu pedido, mas imortaliza sua memória transformando-o na constelação do Sagitário, um centauro com o arco e a flecha em suas mão para registrar a morte trágica de seu mestre e amado amigo.



Capricórnio



No princípio existia o nada, um espaço imenso e árido. Aparece o Caos, desorganizado e inusitado. Depois de um tempo, quando o Caos perdia seu ritmo, surge Gaia (Géia), a Terra, a primeira realidade sólida. Depois veio a noite, mas ainda restava um espaço vazio imenso sobre Gaia. Sentindo-se sozinha cria um companheiro igual a ela : o Céu (Urano). Apaixonando-se por Gaia, Urano a cobre e se amam. Desta união surgem muitos filhos, violentos e tempestuosos, entre eles os Titãs, as fúrias da natureza. Quando o caos estava ficou organizado, com todas as divindades e elementos primordiais (fogo, terra, ar e água) foi chamado de Cosmos. Urano, pai de todas as criaturas, via que era bom o que criava, mas também havia filhos terríveis e imperfeitos. Inconformado com sua criação hedionda, despedaçava esses filhos errados e ativava-os no Tártaro, o mundo subterrâneo, nos infernos.
Ainda fecundava Gaia para tentar ter outros filhos perfeitos. Como a fecundava incessantemente, eram geradas criaturas horríveis, que ele jogava no Tártaro ou enfiava novamente no útero de GAIA, e a fecundava novamente. Urano enlouquecera, e ela não conseguia destruí-lo. Um dos filhos de Urano e Gaia, revoltava-se com esta situação. Saturno (Cronos), filho mais jovem desta união, odiava seu pai, por matar seus irmãos e, principalmente, por desrespeitar sua mãe. Cansada de ter filhos imperfeitos, e percebendo que o caos poderia voltar, faz uma foice, com materiais tirados de dentro da Terra. Pede que seus filhos matem seu pai, fazendo voltar o mundo organizado. Nenhum deles se prontifica, mas Saturno, o mais revoltado deles, aceita a missão que poria fim ao caos. A pedido de sua mãe, castra seu pai Urano. Ao conseguir castrá-lo, interrompe o ciclo de reprodução caótica de seu pai e assume o trono do mundo. Casa-se com sua irmã Cibele (Réia) e tem vários filhos, entre eles Vesta, Ceres, Juno, Plutão, Netuno e Júpiter. Reinando com tirania e crueldade, faz o mundo crescer e se tornar rico e fértil, mas à custa da dor e sofrimento dos homens.
Em visita a um oráculo, é profetizado que ele perderia o trono para um de seus filhos, que o trairia assim como ele fez com seu pai. Assim como seu pai, Saturno enlouquece, como seu pai, que lhe transmitira a loucura, alucinando com a possibilidade de perder seu trono para seus jovens filhos, irresponsáveis e imaturos, temendo perder o poder e o controle do mundo. Começa então a devorar seus filhos para assim impedir que eles o destronasse. Sua mãe Gaia evita que o Saturno devorasse o neto predestinado Júpiter (Zeus). Envolvendo uma pedra num pano, Gaia oferece a Saturno dizendo ser Zeus. Ao engolir a pedra vomita os outros filhos e inicia-se uma batalha que dura dez anos entre ele e seus filhos Júpiter, Netuno e Plutão. Ao fim da luta, Júpiter e seus irmãos Netuno (Poseidon) e Plutão (Hades) repartem a universo. A Júpiter (Zeus), o mais forte e valoroso, cabe domínio sobre os céus e a terra, criando o Olimpo, a morada dos deuses, tornando-se ele deus dos deuses. A Netuno são entregues os mares, enquanto a Plutão cabe o mundo subterrâneo e os infernos. Saturno é enviado ao Tártaro, de onde ressurgirá numa nova idade de Ouro da humanidade.



Aquário


O titã Japêto, filho de Urano (Céu) e Gaia (Géia), irmão de Saturno (Cronos), uniu-se a Clímene e teve quatro filhos : Menécio, Epimeteu, Atlas e Prometeu, o filho mais jovem. Prometeu tinha o Dom da profecia, e desde pequeno era criativo e inteligente, usando este Dom para comunicar-se com os deuses. Dessa maneira compreendia a essência de todas as coisas do universo. Na época do reinado de Saturno sobre a Terra, todos os homens eram iguais aos deuses, tendo sido atribuído a Prometeu, um mortal, a criação da raça humana, feitos de terra e água, ao qual ele dava o sopro divino com o ar. Com o advento do destronamento de Saturno por Júpiter (Zeus) e seus irmãos Netuno (Poseidon) e Plutão (Hades), surge a geração olímpica. Zeus impõe-se aos homens, fazendo valer sua supremacia divina. Com o aumento dos seres humanos, criados por Prometeu, eles se tornam rudes e arrogantes. Zeus, irritado com essa arrogância, impede os homens de usarem o fogo. Prometeu, compadecido dos homens, sua criação, resolve roubar o fogo do Olimpo e oferece-o aos homens, fazendo-os se tornarem muito parecidos com os deuses.
Enfurecido, Zeus, para se vingar de Prometeu e dos homens, pede a Hefestos (Vulcano) que fizesse uma virgem com uma beleza sem igual, feita de argila e água, dando-lhe luz e vida. Todas as divindades deram algo de si à criatura e Hermes (Mercúrio) lhe dá a perfídia e os discursos enganadores. Essa criatura se chamou Pandora. Desceu à terra e se aproximou de Epimeteu, irmão de Prometeu. Levava consigo uma caixa lacrada, sem saber o que continha. Epimeteu, apaixonado, a traz junto aos homens e ela se torna um deles, embora Prometeu o tivesse avisado para não receber presentes dos deuses. Epimeteu não se importa, e louco de paixão, leva-a para sua casa. Numa noite em que dormiam em seu quarto, curioso, Epimeteu abre a caixa de Pandora. Desta caixa então saem males terríveis que se espalham sobre a Terra e atormenta os homens. A violência, a miséria as doenças e tudo o que há de mal no mundo. Essa era a vingança dos deuses contra a arrogância dos homens. Não satisfeito, Zeus resolve afogar a humanidade, fazendo ocorrer um dilúvio durante quarenta dias e quarenta noites. Quando baixam as águas, ainda restavam seres humanos vivos. Deucalião, filho de Prometeu, recolhe animais e homens da Terra, para tornar a repovoá-la. Dentre esses homens estava Prometeu. Para garantir a paz no mundo e nos céus, Zeus prende Prometeu.
Pede a Hefestos (Vulcano) que construa correntes enormes e indestrutíveis, para que acorrentasse Prometeu, nu e de cabeça para baixo, no pico do Monte Cáucaso, onde uma águia viria arrancar-lhe, todos os dias, pedaços de seu fígado, que à noite se reconstruiria, e novamente pela manhã viria a águia para torturá-lo. Mesmo assim o rebelde Prometeu não se abate e, ainda orgulhoso e rebelde, desafia Zeus. Este flagelo dura trinta mil anos. Até que um dia, Prometeu envia uma mensagem telepática a Zeus, que na ocasião estava apaixonado por Thétis. De acordo com as leis do destino, desta união nasceria uma criança que seria o deus supremo de todo o universo, que o destronaria, assim como ele fez com seu pai Saturno, e seu pai com seu avô Urano. Zeus fica então em débito com Prometeu. Hércules, sabendo dessa dívida, pede a Zeus que pague com a imortalidade entregue por ele a Quíron, o centauro, que padecia de uma dor incurável, e só podendo livrar-se do flagelo se morresse. Zeus então retira a imortalidade de Quíron e a transfere a Prometeu, que se torna mais um entre os deuses imortais, afastando-se definitivamente dos homens e juntando-se a Zeus.



Peixes



Tifão, deus da seca. Inimigo hereditário dos deuses, principalmente de Zeus (Júpiter), pelo qual mantinha um ódio imortal. Foi pai de criaturas horripilantes (o cão Cérbero, a esfinge, a Hydra de Lerna). Tifão perseguiu Zeus por muitos anos e acabou arrancando-lhe os nervos essenciais da força viril e da consciência. Hermes (Mercúrio) encarrega-se de recuperar os nervos de Zeus e sua consciência, fazendo Tifão adormecer com sua flauta mágica. Tifão também perseguia Afrodite (Vênus) e Eros (Cupido), divindade da sensibilidade e das trocas sentimentais, filho de Marte (Ares) e Vênus. Um amor impossível uniria Afrodite e Eros, mãe e filho. Um dia Tifão encontra Eros e Afrodite em pleno amor e começa a perseguí-los. Numa fuga desesperada, pedem auxílio a todos os homens e deuses, não sendo atendidos por ninguém, que temiam a fúria de Tifão.
Somente a cabra Amaltéia os socorre, mostrando-lhes o caminho seguro para fugir daquele deus terrível, indicando o caminho do mar, onde Tifão não poderia mais perseguí-los. Entrando no reino de Poseidon (Netuno), finalmente se livram de Tifão, impossibilitado de entrar no mar por ser o deus da seca. Poseidon, para garantir a fuga, envia dois delfins amarrados com um laço de ouro. Eros e Afrodite montam nos delfins e os leva para as profundezas do oceano, onde viveriam seu sonho de amor eterno, onde nunca mais seriam perseguidos, nem pelos deuses, nem pelos homens. Afrodite retornou para o seu lugar de origem, onde se protegia dos monstros que a perseguiam, mas teve que abandonar a terra firme e o contato com o mundo concreto e a realidade da matéria, tornando-se prisioneira do amor num mundo distante e irreal que era o fundo do mar.



Copiado do site Gaia Astral de Robson Papaleo ;)

2 comentários:

  1. Antônio na verdade eu copiei os mitos do site Gaia Astral do astrólogo Robson papaleo , ele sim merece elogios!

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