segunda-feira, 13 de abril de 2009

Na Idade Média


A filosofia e a cultura clássicas sobreviveram durante a Idade Média européia graças aos árabes e ao Califado de Bagdá. Bagdá, capital do estudo astronômico no século X, foi sede também de uma astrologia de cunho empírico, estritamente prática e previsiva, como convinha a esse povo que criou o comércio internacional. O maktub árabe passaria a fazer parte da astrologia mediterrânea.

Isidoro de Sevilha (c. 636) foi um dos primeiros a separar astrologia e astronomia, embora ambas tenham sido separadas apenas n século XVI, quando o sistema de Copérnico substitui o de Ptlomeu.



Astrologia Árabe




O maior astrólogo árabe foi Albumazer. Seu livro Introductorium in astronomiuum foi um dos primeiros a ser traduzido, no início da Idade Média, na Espanha. Nas Universidades da Espanha e Itália havia cadeiras de Astrologia. Estudos indicam que a astrologia influenciou inclusive a Cabala.
Outro árabe importante foi Abu'l-Rayhan Muhammad Ibn Ahmad Al-Biruni.



Difusão Européia




Na Idade Mëdia da Europa surgem astrólogos e defensores da astrologia em vários países.

•Michael Scott (morto em 1235) a defendeu em seu Liber introductorium.
•Santo Alberto Magno (c. 1200-1280), em resposta à discussão entre teólogos sobre ser a astrologia "ciência legítima" ou "arte adivinhatória", separou a astrologia das associações pagãs que ganhara no ocaso do Império Romano. Percebeu o valor teológico da ciência e filosofia gregas a árabes e recuperou os ensinamentos esquecidos de Aristóteles.
•Tomás de Aquino (c. 1225-1274) viu os ensinamentos da astrologia como complementares à visão cristã.
•Na Universidade de Bolonha, onde estudaram Dante e Petrarca, a cátedra de astrologia foi instalada em 1125.

Na Idade Média os astrólogos eram chamados mathematici, pois a astrologia era a aplicação mais importante da matemática. A prática da medicina era baseada na determinação astrológica do tratamento adequado, portanto os médicos também eram matemáticoa (como Tycho-Brahe).

Dante expõe ao ridículo, no Inferno da Divina Comédia, os astrólogos Guido Bonatti (conselheiro de Guido de Médici) e Michael Scott, mas por misturarem eles necromancia à astrologia, abusando dos conhecimentos que tinham obtido.

Cecco d'Ascoli, professor de astrologia em Bolonha, foi queimado vivo na fogueira em 1327 não por ser astrólogo, mas por suas opiniões heréticas.

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